As diferentes reformas que aconteceram no século XVI



OBSERVEM O QUE A HISTÓRIA DA IGREJA NOS RESERVA:





1 - ULRICO ZUINGLIO, em alemão Huldreych, Huldreich ou Ulrich Zwingli (Wildhaus, Cantão de São Galo, 1º de janeiro de 1484 — Kappel am Albis, 10 de outubro de 1531), foi um teólogo suíço e principal líder da Reforma Protestante na Suíça.
  Zuínglio foi o líder da reforma suíça e fundador das igrejas reformadas suíças. Independentemente de Martinho Lutero, que era doctor biblicus, Zuínglio chegou a conclusões semelhantes pelo estudo das escrituras do ponto de vista de um erudito humanista. Zuínglio não deixou uma igreja organizada, mas as suas doutrinas influenciaram as confissões calvinistas.


2 - MARTINHO LUTERO (em alemão: Martin Luther; Eisleben, 10 de novembro de 1483 — Eisleben, 18 de fevereiro de 1546) foi um monge agostiniano e professor de teologia. germânico que tornou-se uma das figuras centrais da Reforma Protestante. Levantou-se veementemente contra diversos dogmas do catolicismo romano,contestando sobretudo a doutrina de que o perdão de Deus poderia ser adquiridos pelo comércio das indulgências. Essa discordância inicial resultou na publicação de suas famosas 95 Teses em 1517, em um contexto de conflito aberto contra o vendedor de indulgências Johann Tetzel. Sua recusa em retratar-se de seus escritos, a pedido do Papa Leão X em 1520 e do Imperador Carlos V na Dieta de Worms em 1521, resultou em sua excomunhão da Igreja Romana e em sua condenação como um fora-da-lei pelo imperador do Sacro Império Romano Germânico.

  Lutero propôs, com base em sua interpretação das Sagradas Escrituras, especialmente da Epístola de Paulo aos Romanos, que a salvação não poderia ser alcançada pelas boas obras ou por quaisquer méritos humanos, mas tão somente pela fé em Cristo Jesus (sola fide), único salvador dos homens, sendo gratuitamente oferecida por Deus aos homens. Sua teologia desafiou a infalibilidade papal em termos doutrinários, pois defendia que apenas as Escrituras (sola scriptura) seriam fonte confiável de conhecimento da verdade revelada por Deus.1 Opôs-se ao sacerdotalismo romano (isto é, à consagrada divisão católica entre clérigos e leigos), por considerar todos os cristãos batizados como sacerdotes e santos.2 Aqueles que se identificaram com os ensinamentos de Lutero acabaram sendo chamados de luteranos.

  Em seus últimos anos, Lutero mostrou-se radical em suas propostas contrárias aos judeus alemães, tendo sido inclusive considerado posteriormente um antissemita. Essas e outras de suas afirmações fizeram de Lutero uma figura bastante controversa entre muitos historiadores e estudiosos.3 Além disso, muito do que foi escrito a seu respeito sofre da reconhecida parcialidade resultante de paixões religiosas. 



3 - JOÃO CALVINO (Noyon, 10 de julho de 1509 — Genebra, 27 de maio de 1564) foi um teólogo cristão francês. Calvino teve uma influência muito grande durante a Reforma Protestante, uma influência que continua até hoje. Portanto, a forma de protestantismo que ele ensinou e viveu é conhecida por alguns pelo nome calvinismo, embora o próprio Calvino tivesse repudiado contundentemente este apelido. Esta variante do protestantismo viria a ser bem sucedida em países como a Suíça (país de origem), Países Baixos, África do Sul (entre os africânderes), Inglaterra, Escócia e Estados Unidos.

  Nascido na Picardia, ao norte da França, foi batizado com o nome de Jean Cauvin. A tradução do apelido de família "Cauvin" para o latim Calvinus deu a origem ao nome "Calvin", pelo qual se tornou conhecido.

  Calvino foi inicialmente um humanista. Nunca foi ordenado sacerdote. Depois do seu afastamento da Igreja católica, este intelectual começou a ser visto, gradualmente, como a voz do movimento protestante, pregando em igrejas e acabando por ser reconhecido por muitos como "padre". Vítima das perseguições aos protestantes na França, fugiu para Genebra em 1536, onde faleceu em 1564. Genebra tornou-se definitivamente num centro do protestantismo Europeu e João Calvino permanece até hoje uma figura central da história da cidade e da Suíça1 .

  Martinho Lutero escreveu as suas 95 teses em 1517, quando Calvino tinha oito anos de idade. Para muitos[quem?], Calvino terá sido para a língua francesa aquilo que Lutero foi para a língua alemã - uma figura quase paternal. Lutero era dotado de uma retórica mais direta, por vezes grosseira, enquanto que Calvino tinha um estilo de pensamento mais refinado e geométrico, quase de filigrana. Citando Bernard Cottret, biógrafo (francês) de Calvino: "Quando se observa estes dois homens podia-se dizer que cada um deles se insere já num imaginário nacional: Lutero o defensor das liberdades germânicas, o qual se dirige com palavras arrojadas aos senhores feudais da nação alemã; Calvino, o filósofo pré- cartesiano, precursor da língua francesa, de uma severidade clássica, que se identifica pela clareza do estilo".



4 - ALA RADICAL DA REFORMA - MENNO SIMONS (Witmarsum, 1496 — 23 ou 31 de Janeiro de 1561 em Wüstenfelde em Bad Oldesloe) foi um teólogo originário da Frísia ordenado padre católico em março de 1524 e é considerado um dos reformadores radicais ligado aos anabatistas. Simons era um padre católico holandês que se converteu ao Anabatismo em 1536. Sua influência sobre o grupo anabatista foi tão forte que o grupo anabatista no norte da Europa foi chamado de menonita. 



5 - REFORMA ANGLICANA HENRIQUE VIII (28 de junho de 1491 – 28 de janeiro de 1547) foi o Rei da Inglaterra de 1509 até sua morte. Ele também foi Lorde e depois Rei da Irlanda. Henrique foi o segundo monarca inglês da Casa de Tudor, sucedendo seu pai Henrique VII.

  Henrique é conhecido por seu papel na separação da Igreja Anglicana da Igreja Católica. Suas lutas contra Roma levaram a renúncia da Inglaterra a autoridade papal, a Dissolução dos Mosteiros e seu próprio estabelecimento como Chefe Supremo da Igreja de Inglaterra. Ainda assim ele continuou a acreditar nos principais ensinamentos católicos, mesmo após sua excomunhão.1 Henrique supervisionou a união legal da Inglaterra e Gales com os Atos das Leis em Gales de 1535 e 1542.

  Em 1513, Henrique aliou-se com Maximiliano I, Sacro Imperador Romano-Germânico, e invadiu a França com um exército numeroso e bem equipado, porém pouco realizou com o enorme custo financeiro. Por outro lado, Maximiliano usou a invasão inglesa para seu próprio benefício, prejudicando a capacidade da Inglaterra de derrotar os franceses. Esse incidente marcou o início de uma obsessão de Henrique, que invadiu o país novamente em 1544. Desta vez, suas forças capturaram a importante cidade de Bolonha-sobre-o-Mar, porém o imperador Carlos V apoiou Henrique até onde julgava necessário e a Inglaterra, esgotada pelos custos da guerra, entregou a cidade de volta após pagamento de resgate.

  Seus contemporâneos, durante seu auge, consideraram Henrique um rei atraente, bem educado e realizado, e ele já foi descrito como "um dos governantes mais carismáticos a sentar no trono inglês".2 Além de reinar com poder considerável, Henrique também escrevia e compunha. Seu desejo de ter um herdeiro homem – em parte por causa de sua vaidade pessoal, por acreditar que uma mulher não seria capaz de consolidar a dinastia Tudor e também pela frágil paz existente após a Guerra das Rosas3 – levaram às duas coisas pelas quais Henrique é mais lembrado: seus seis casamentos e a Reforma Inglesa. Ele tornou-se obeso mórbido e com saúde fraca, contribuindo para sua morte em 1547. Ele é frequentemente caracterizado ao final de sua vida como concupiscente, egoísta, severo e inseguro.4 Henrique VIII foi sucedido por seu filho Eduardo VI, fruto de seu casamento com Joana Seymour.


Fonte do texto: Fé Cristã Reformada.

Dia da Reforma Protestante


  Dia 31 de de Outubro, esse dia é muito conhecido por muitos como dia do Halloween, e muitas das vezes algumas igrejas fazem festas das "bruxas" ou do "horror", isso porque desconhecem da importancia desse dia para historia e para as igrejas evangelicas, o dia 31 de outubro na verdade é o dia da "Reforma Protestante".
  Tudo começou quando um homem chado Lutero, não se conformava mais com tanto erro, com tanto sangue de verdadeiros crentes sendo derramado, por defenderem a verdade. Nesse dia lutero pregou sobre porta da igreja de Winterberg um tratado, suas famosas "95 teses" contra a igreja Catolica Romana, e apartir de então começou um dos maiores movimentos da historia, que libertaria o mundo e traria luz sobre a terra, e assim o foi, o movimento da Reforma Protestante, ouve muitas dificudades, e muitas bençãos, mas diante de tudo isso nosso Senhor Jesus foi exaltado e como Deus sempre fez, como Ele fez com ao povo de Israel no Egito, abrindo o mar e os livrando os da esvravidão, mais uma vez o Senhor libertou o seu povo das mãos de satanás.
  Que venhamos nos lembrar de onde vinhemos, qual é nossa fé, no que cremos, e pelo que lutamos, que continuemos, e que sejamos os chamados para invocar o Reino de Deus sobre nós.
  Deixo para vocês um presente, um Sermão Pregado por Martin Lloyde-Jones que nos chama a atenção sobre os perigos da igreja Catolica Romana em nossos dias, para que continuemos a lutar pelas verdade do Senhor, e lutemos contra esse gafonhoto que muitas das vezes destroi os trigos de Deus.

E que sempre nos Lembremos das fundamentas 5 Solas:


  • 1 Sola fide (somente a fé)
  • 2 Sola scriptura (somente a Escritura)
  • 3 Solus Christus (somente Cristo)
  • 4 Sola gratia (somente a graça)
  • 5 Soli Deo gloria (glória somente a Deus)

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Livro Retirado do site e Progeto Castelo Forte:

http://projetocasteloforte.com.br/

Conferência Fiel 2014


“Quando, porém, vier o Consolador, que eu vos enviarei da parte do Pai, o Espírito da verdade, que dele procede, esse dará testemunho de mim.” – João 15.26

A Pessoa e Obra do Espírito Santo têm ocupado um destaque muito grande no cenário evangélico brasileiro, mas poucas vezes na história da igreja o ensino sobre o Espírito Santo foi tão confuso e equivocado como em nossos dias. Em muitos círculos, o Espírito de Deus é tratado como um ser impessoal e uma força energizante, que visa dar poder e autoridade a homens. Mas as Escrituras ensinam que o Espírito Santo é Deus. É uma das pessoas da trindade. Precisamos voltar às Escrituras e estudar a pessoa do Espírito conforme ele se apresenta.
O Espírito Santo é quem revela e glorifica o Filho, Jesus Cristo, diante dos homens. É por meio do Espírito que a Palavra de Deus é apresentada aos homens. Ele é quem regenera corações, ilumina os olhos com o entendimento do evangelho e santifica o cristão, conformando-o segundo a imagem de Jesus Cristo. Entender a Pessoa e a Obra do Espírito é conhecer a Deus.
Nessa Conferência, estamos estudando nas Escrituras “A Obra do Espírito Santo”. R. C. Sproul Jr., Davi Charles Gomes, Kevin DeYoung, Joel Beeke, Franklin Ferreira e Sillas Campos, estão ministrando sobre esse tema tão importante. Você pode acompanhar às palestras no site http://voltemosaoevangelho.com/blog/2014/10/reprise-conferencia-fiel-2014/ .


Fonte:http://voltemosaoevangelho.com

A linda história dos 40 mártires do gelo


No dia 9 de março, completou-se 1694 anos da morte dos 40 mártires do gelo. Você conhece a história destes homens?
Três grandes homens de Deus do passado escreveram sobre uma história realmente impressionante de amor a Cristo e de martírio. Gregório de Nissa (séc. IV) escreveu sobre a festa que a igreja em seu tempo criou para celebrar a memória dos 40 mártires. Alguns de seus sermões falam desses mártires. 
Éfrem da Síria (também conhecido como Santo Éfrem, o Sírio) também citou os 40 mártires em seus escritos. Ele foi um grande líder e compositor de hinos e poesias. Várias desses hinos e poesias foram dedicados aos 40 mártires. Éfrem viveu numa cidade chamada Edessa, cerca de 350 quilômetros ao sul de Sevaste, local onde os 40 foram mortos por amor a Cristo.
No ano 320 d.C., milhares de cristãos se espalhavam pelo Império Romano. Apesar de toda perseguição, o número dos cristãos só aumentava. Havia cristãos em todas as esferas da sociedade. Inclusive nas forças armadas, obrigatória para todos os cidadãos do império.
Era comum a religião entre os soldados. Em cada local onde as legiões de soldados romanos se encontrava haviam lugares de culto a Mitra, a Jesus, a César, enfim, àquele que tais soldados consideravam seu Deus. 
O episódio dos 40 mártires foi um dos mais estranhos da história. A começar pelo fato de um número grande de soldados serem mortos por seus próprios companheiros. TUDO COMEÇOU QUANDO o imperador Licínio exigiu que as tropas sacrificassem à sua imagem. Agrícola, governador da região onde estavam os 40 soldados, fez valer a ordem do imperador. O governador Agrícula, no início de março de 320 d.C., levou à tropa que estava em Sevaste (atualmente na Turquia) a ordem de Licínio.
No entanto, 40 dos soldados que estavam ali eram cristãos. Estes, se recusaram oferecer sacrifícios em adoração ao imperador. Segundo o relato de alguns dos Pais da Igreja, um dos 40 disse assim:
– Não vamos sacrificar, pois isso é trair a nossa santa fé.
O governador, calma mas firmemente respondeu:
– Mas, o que vocês falarão aos seus companheiros? Pensem! Somente vocês, de toda a tropa de César, irão desafiá-lo? Pensem! Pensem na vergonha que vocês trarão aos seus companheiros e à sua legião!
Mas, ainda assim, eles permaneceram firmes em sua posição.
– Desonrar o nome de nosso Senhor Jesus Cristo é algo mais terrível ainda!
O governou respondeu:
– Vocês estão loucos! Vocês não têm nenhum senhor senão César! Em nome dele eu prometo a promoção para o primeiro de vocês que der um passo à frente e cumprir o seu dever de sacrificar ao imperador!
Após breve pausa, nenhum deles se moveu. Então, Agrícola mudou sua tática:
– Vocês irão perseverar em sua rebelião? Se perseverarem, preparem-se para a tortura, para a prisão e para a morte! Esta é a sua última chance. Vocês irão obedecer ao imperador?
 Embora sabiam que o governador não estava brincando, os soldados mativeram-se firmes em sua resolução. Outro deles afirmou:
– Nada que você vier a nos oferecer substituirá o que perderíamos no outro mundo. Quanto às ameaças de tortura, prisão e morte, aprendemos a negar o nosso corpo quando o bem-estar de nossa alma está em jogo.
– Açoite-os!, gritou Agrícola.
Os próprios companheiros de farda tiveram de prender e açoitar cada um de seus companheiros. Levaram-nos para fora, no frio gelado de Sevaste, tiraram-lhes as roupas e os amarraram em postes. Depois de amarrados, foram chicoteados severamente. Após isso, chicotes com pequenos ganchos de ferro rasgaram suas peles nuas espalhando sangue sobre o gelo.
Em meio ao sangue sobre o branco da neve e aos gemidos de frio e de dor, os soldados que espancaram seus próprios companheiros deixaram o local do açoite sem que nenhum dos 40 soldados cristãos voltasse atrás em sua decisão. Depois de algum tempo, Agrícola ordenou que os 40 fossem presos em sua masmorra até que Lísias, o comandante daquela legião, chegasse a Sevaste.
QUANDO LÍSIAS CHEGOU, após fracassar em convencer os 40, chamou Agrícola e ordenou que os levasse para a lagoa, do lado de fora. Lá, segundo os escritos dos Pais da Igreja, fazia um frio de cortar as bochechas.
– Vocês ficarão nus, no lago, até decidirem sacrificar aos deuses, disse Lísias aos soldados.
Imediatamente, todos os soldados tiraram suas roupas e correram em direção à lagoa, extremamente gelada, envolta por neve em suas margens. Correndo, alguns dos soldados gritaram:
– Somos soldados do Senhor e não tememos nada. O que é morrer, senão entrar na vida eterna? Cantemos, irmãos!
Perplexo, Agrícola viu seus guardas puxando uma canção e correram para o lago congelado. Chegou a ordenar que colocassem grandes banheiras ao redor do lago. Sua esperança era que os soldados, antes de congelarem, se arrependessem e saíssem de lá para se aquecer e sacrificar ao imperador. Alguns soldados gritavam para os que estavam no lago tentando convencê-los a sairem de lá. 
EM ALGUM MOMENTO, um dos soldados que estavam fora do lago disse estar vendo espíritos com coroas de ouro pairando sobre o lago, parecendo estar estendendo roupas para aqueles que congelavam no lago. Seus companheiros disseram que ele estava ficando louco por causa do frio. Além de estar extremamente escuro não se podendo enxergar quase nada, o frio esfaqueava seus rostos.
Naquela hora, um dos 40 que estavam no lago saiu correndo em direção a uma das banheiras aquecidas. Ajudado por soldados que estavam do lado de fora, mergulhou numa das banheiras quentes e morreu instantaneamente por causa do choque térmico. Entrando em convulsão, acabou morrendo ali.
O guarda que estava do lado de fora e havia tido a visão, mais que depressa tirou suas roupas e se juntou aos mártires dentro do lago. 
Na manhã seguinte, Agrícola foi avisado de que haviam 40 soldados mortos dentro do lago, e mais um morto quando quis escapar do lago. Ordenou que seus corpos fossem tirados do gelo e queimados. As cinzas deveriam ser jogadas em um rio que passava ali por perto.
Então, algo inusitado aconteceu. O responsável por jogá-los no fogo percebeu que um deles estava aparentemente vivo e grito:
– Ei, temos um vivo aqui! É Melito! Coitado, ele é apenas um garoto.
Outro soldado disse:
– É um garoto aqui do local. Ei, veja sua mãe lá.
O soldado acenou para a mãe de Melito e pediu que ela se aproximasse. Ao chegar perto, disse para ela:
– Escute-nos, mãe. Leve seu garoto para casa, salve-o. Nós iremos olhar para outro lado.
A mulher, profundamente triste, vendo seu filho aparentemente morto, respondeu repreendendo-os:
– Que conversa é essa? Vocês querem privá-lo de sua coroa? Eu nunca deixaria isso acontecer!
À medida que os corpos dos mortos eram colocados sobre uma espécie de vagão que os levaria para a fogueira, sua mãe fez toda a força para levantá-lo fazendo com que seu filho se juntasse aos demais cristãos.
Chorando muito, a mãe disse:
– Vá, filho. Vá para o fim dessa jornada com seus companheiros a fim de que você não seja o último a se apresentar diante de Deus.
Um dos guardas bateu com as mãos na cabeça, olhou para cima e disse:
– Cristãos! Eu simplesmente não os entendo.
Basílio de Cesareia (séc. IV) foi outro pai da igreja que também narrou e escreveu a respeito dos 40 mártires. Basílio disse ter conhecido alguns homens bastante idosos que foram companheiros dos bravos 40 mártires.
Creio que a história desses homens deve nos levar a pensar em nossas próprias vidas e histórias. Devemos viver como homens e mulheres que já morreram também. Embora o martírio vermelho não exista entre nós, aquilo que os Pais da Igreja chamaram de Martírio Branco ainda nos desafia. 
O martírio branco é o morrer diariamente sem o derramamento de uma gota de sangue. É o morrer para este mundo, para o pecado, para as nossas próprias vontades. É lembrar todos os dias de que já não vivemos mais, mas que Cristo vive em nós. Não nos esqueçamos nós também de que morremos com Cristo. Vivamos como tais, a fim de que a luz e a graça de Cristo resplandeçam mais e mais através de nossas vidas.


Fonte: http://www.wilsonporte.org/

Pacto da Redenção entre Pai e o Redentor - John Flavel - c.1627–1691 (Um Puritano)




...Pai: Meu Filho, aqui está uma companhia de pecadores que estão arruinados em si mesmos e agora estão abertos à minha justiça! Justiça requer satisfação por eles e ela se satisfará na eterna ruína deles. O que será feito por estas almas!

Filho: Oh meu Pai, tal é o meu amor e pena por eles, que ao invés de eles perecerem eternamente, eu serei responsável por eles como seu Fiador; traga toda a dívida deles para que eu possa ver o que eles te devem; Senhor traga todas elas para que não haja débitos futuros para com eles; da minha mão Tu os requererás. Prefiro sofrer a Tua ira do que eles a sofram. Sobre mim, meu Pai, sobre mim, sejam todos os débitos deles.

Pai: Mas meu Filho, se você tomar o lugar deles, você deve considerar que terá que pagar até a menor dívida, não espere abatimentos. Seu eu poupar eles, não pouparei a Ti.

Filho: Estou disposto, que assim seja, Pai. Que tudo venha sobre mim, Eu estou apto a quitar tudo. E ainda que isto signifique uma ruína para mim, ainda que toda minha riqueza empobreça, todos os meus tesouros se esvaziem, (o que de fato aconteceu 2 Coríntios 8:9 (“...Porque já sabeis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo que, sendo rico, por amor de vós se fez pobre.”...), ainda sim estou disposto a quitá-la.

Flavel: (...) corem de vergonha, pecadores ingratos, Oh, que a vergonha cubra suas faces, julguem a si mesmos agora, Cristo merece que você esteja com ele por ninharias, que você deveria encolher diante de algumas dificuldades mesquinhas e murmurar, isto é difícil e severo? Oh se você conhecesse a graça do nosso Senhor Jesus Cristo nesta maravilhosa condescendência por você, você não faria isto.”...
John Flavel - The Fontain of Life - sermon 3

Tradução: Joelson Galvão Pinheiro

Existe em algum lugar da Escritura que fala da ira de Deus sendo dirigida a Jesus na Cruz?


Por Kevin L. DeYoung


Porventura não é a mensagem pregada em centenas de nossas igrejas simplesmente esta: Deus nos criou à sua imagem; por causa da queda somos por natureza filhos da ira; abandonados à nossa própria sorte não podemos comparecer diante de um Deus santo; merecemos ser punidos por ofender a esse Deus; porém, em amor, Deus enviou seu Filho para carregar os nossos pecados e enfrentar a pena que nós merecíamos; a ira de Deus foi derramada sobre Jesus e a justiça de Jesus foi imputada a nós pela fé - não é isso o evangelho? 

Posso encontrar inúmeras passagens nas Escrituras em que somos ensinados, explícita ou implicitamente, que a ira de Deus foi dirigida a Jesus na cruz. Podemos pensar na Páscoa em Êxodo 12. A substituição penal está no cerne da Páscoa - Deus derramou a sua ira sobre o cordeiro sacrificado no lugar de seu povo. Certamente, essa linha de pensamento está presente no Evangelho de João, quando João Batista confessa a respeito de Jesus: "Eis o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo!" (Jo 1.29). Também vejo a ira de Deus derramada sobre Jesus prefigurada no ritual do Dia da Expiação de Levítico 16. Além disso, Isaías 53 pungentemente fala do mesmo tema. Jesus, como o Servo Sofredor, foi ferido pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades. Foi da vontade do Senhor esmaga-lo, derramando sua ira sobre seu servo. 

Do mesmo modo, Marcos 10.45 ensina que Jesus deu a sua vida em resgate por muitos. Esse resgate foi pago, não a Satanás, como alguns teólogos medievais erradamente ensinaram, mas a Deus Pai como um suave aroma e sacrifício a ele (Ef 5.2). Em Marcos 10.38 Jesus perguntou aos seus discípulos "Podeis vós beber o cálice que eu bebo?" E no Getsêmani, Jesus rogou ao seu Pai, "passa de mim este cálice" (Mc 14.36). Sem dúvida Jesus estava pensando em passagens como o Salmo 75.8; Isaías 51.17; Jeremias 25.15,16. Ezequiel 23.32-34; e Habacuque 2.16, todas as quais falam sobre beber o cálice da ira de Deus. João 3.14-18 ensina que Deus enviou seu Filho para ser levantado na cruz (como a serpente levantada no deserto, salvou o povo do julgamento de Deus) para que a ira de Deus não permanecesse sobre quem cresse. Romanos 3.21-26 ensina que Cristo foi apresentado como um sacrifício de expiação (literalmente "propiciação"; veja a obra clássica de Leon Morris The Apostolic Preaching of the Cross, que estabelece que hilasterion refere-se a propiciação, contrariando C. H. Dodd) desviando a ira de Deus pelo fato de sofrer em nosso lugar como nosso substituto. Romanos 5.8,9 argumenta que Cristo morreu por nós quando éramos inimigos de Deus, para que ser salvos por ele da ira de Deus. Gálatas 3.13 diz que Cristo se fez maldição por nós, suportando a pena que nós merecíamos como infratores da lei. Primeira João 4.10 ensina que Deus enviou seu Filho como propiciação pelos nossos pecados (veja também 1Jo 2.2; Hb 2,17). E assim por diante. 

Não há nada mais importante na teologia cristã do que a nossa teologia da cruz. Devemos dizer claramente que o cerne do evangelho é a boa notícia da autossatisfação divina mediante a autossatisfação divina. Nunca abra mão da cruz. Nunca dilua a mensagem da cruz. E nunca pare de se gloriar na cruz onde Cristo aceitou as sanções que deveriam cair sobre nós, a fim de que possamos reivindicar as bênçãos que de outro modo pertenciam somente a ele. 








***Fonte: DEYOUNG, Kevin L. As Boa novas que quase esquecemos, pp 42-44,  São Paulo: Cultura Cristã, 2013.
Nota do Editor: O título referido não se encontra no livro. Tal titulo foi adaptado de uma frase, escrita por um pastor da igreja do Kevin, que apresenta uma descrença da ira de Deus sobre Jesus por causa de nossos pecados. Tal frase reza assim: "Na verdade eu não encontro lugar algum na própria Escritura que fala da ira de Deus sendo dirigida a Jesus na cruz."

Fonte: http://bereianos.blogspot.com.br/

Sou Apenas Um Coelho - C. H. Spurgeon


C. H. Spurgeon

Você é um coelho como eu?
“Os coelhos são um povo débil; e contudo, põem a sua casa na rocha” - Provérbios 30:26
Consciente do seu próprio desamparo natural, as coelhos recorrem a fendas nas falésias rochosas, e ficam seguros de seus inimigos.
Meu coração está disposto a tomar para si uma lição com estas criaturas débeis. Você é tão fraco e tão expostos ao perigo quanto os tímidos coelhos? - se esforce então para ser tão sábio quanto eles são e procure um abrigo. Minha melhor segurança está dentro das fortificações de um Deus imutável, onde Suas promessas inalteráveis ​​ficam como penhascos gigantes de rocha. Tudo estará bem com você, meu coração, se você sempre puder se esconder nos baluartes dos atributos gloriosos do Deus eterno, os quais são garantias de segurança para aqueles que depositam sua confiança nEle.
Bendito seja o nome do Senhor, eu fiz isso e me encontrei como Davi na caverna de Adulão, a salvo da crueldade do meu inimigo. Eu experimentei a bem-aventurança do homem que coloca sua confiança no Senhor, já há muito tempo, quando Satanás e os meus pecados me perseguiam -Eu fugiu para a fenda da Rocha - Jesus Cristo! E em Seu abrigo eu encontrei um lugar de repouso seguro!
Caro coração, corra para Ele de novo hoje, qualquer que seja o seu sofrimento presente! Jesus se importa com você! Jesus vai consolar e ajudar!
Nenhum monarca em sua fortaleza inexpugnável está mais seguro que o coelho em seu abrigo rochoso. O líder de mil exércitos não é nem um pouco melhor protegido do que o pequeno morador na fenda rochosa.
Da mesma forma, em Jesus - os fracos são fortes, e os indefesos são seguros! Eles não poderiam ser mais fortes se fossem gigantes! Eles não poderiam estar mais seguros se eles estivessem no céu! A fé dá aos homens na terra - a proteção do Deus do Céu! Mais proteção que não osso precisar, e não preciso e nem desejo.
Os coelhos não podem construir um castelo, mas descobriram os castelos que já estavam lá, prontos. Da mesma forma, eu não posso fazer um refúgio para mim, mas Jesus o providenciou, Seu Pai me deu, o Seu Espírito me revelou - e eis que eu nele entre, e estou a salvo de todos os inimigos!



Fonte: www.charleshaddonurgeon.com